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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Carta enviada a Aliança Evangélica Portuguesa

Sou um cristão evangélico, minha igreja é membro da Aliança Evangélica Portuguesa. Chamo-me Luan Marçal. Venho, por este meio, inquirir os meus irmãos sobre certos conteúdos divulgado pela Aliança Evangélica Portuguesa, tanto no programa de TV assim como programas de rádio e artigos. Vejo que aliança evangélica portuguesa é muito divulgada no meio evangélico e tem sido difundido como instrumento de evangelismo. E sem dúvida que tal empreendimento é louvável, pois, como cristão evangélico, conheço a urgência da Comissão. Gosto do vosso meio de divulgar as igrejas evangélicas assim como o evangelho, por meio de vídeo (luz das nações) e rádio, também eu utilizo a vídeos e rádio para fazê-lo sempre que posso para a glória do nosso salvador, Jesus Cristo, e servir o seu Reino até ao Dia. Contudo, e como sabemos, para tal, temos que pregar o Evangelho que Paulo pregava, sendo que o apóstolo nos vedou de escutarmos outro. Devemos, pois, ser fiéis à proclamação apostólica do Evangelho, tal como declarado pela Igreja dos seus discípulos primeiros.

Aquilo que venho ver, é aliança evangélica a divulgar doutrinas nos vossos meios de divulgação contrario a Palavra de Deus e muitas igrejas afiliadas a AEP. Supostamente a aliança evangélica portuguesa não é interdenominacional? Aquilo que vocês muitas vezes ensinam e transmitem no meio de comunicação é CONTRÁRIO as doutrina que a minha igreja defende e a maioria das igrejas baptistas conservadoras (com inclinação reformada).

Apesar de a minha teologia ser calvinista e reconhecer o arminianismo apresentado pelo meio de divulgação da AEP, não vejo como profícuo e propositado discutir aqui e agora esses distintivos doutrinários, por muito importantes que sejam. Neste momento, preocupa-me muito mais um indício de certa doutrina que nem é aceite em comunidades evangélicas conservadoras e - mais até - é completamente rejeitada e condenada (e bem, devo acrescentar).



Tantas e tantas vezes vejo vocês a dizerem que Deus ama todos e que somos todos filhos de Deus. Defender claramente livre-arbítrio entre outras heresias. Ora, a Palavra diz-nos que quem ainda não veio ao arrependimento dos seus pecados e à fé no Evangelho - que é o vosso público-alvo - não pode ser descrito assim, mas, pelo contrário, são chamados 'filhos da ira' (Ef 2:3),'filhos da desobediência' (Ef 5:6; Col 3:6), 'filhos do Diabo' (I Jo 3:10), 'escravos do pecado' (Rm 6:17, 20), 'mortos nas suas transgressões' (Ef 2:1), 'inimigos de Deus' (Rm 5:10), etc, coisa que vocês negam. Contudo, a ortodoxia evangélica histórica sempre ensinou que Deus tem os seus filhos, mas nem todos os homens o são; sendo que alguns, nascendo do Espírito pela graça de Deus e por meio da fé, são adoptados em Cristo, o verdadeiro Filho, procendendo do Deus Pai, fazendo-se filhos espirituais e co-herdeiros com Jesus (Rm 8:14-17).

Todavia, considerar 'filhos de Deus' todos os homens é universalismo puro - e uma heresia terrível. Como pressuponho que não é este o credo dos responsáveis da AEP, espero uma resposta que clarifique a presença dessas doutrinas e uma correcção, caso se justifique, pois confio que os meus irmãos sentem a mesma ou maior reverência pela verdade e que zelam por escapar ao erro. Aquilo que vocês andam a divulgar é ao contrario as doutrinas reformadas, a qual muitos defendem e quais pertencem a AEP.

Deus vos abençoe.

O vosso irmão, Luan Marçal.

Soli Deo Gloria!