rss
Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites

domingo, 30 de maio de 2010

Minha vida como militar




O nosso treino militar


Estou a passar por uma fase muito boa, muito cansativa e exigente, que é a minha recruta militar. Oopss, se calhar estou a ir depressa de mais. Talvez seja melhor começar do princípio, que foram as minhas motivações e desejos.

Sempre tive o desejo de seguir a carreira militar. Fui um adolescente como qualquer outro, procurando sempre algo de novo, em tudo nunca tendo a certeza de nada, nem em relação ao futuro pessoal nem ao futuro profissional. Queria seguir a carreira religiosa (ainda tenho tal desejo em fazer part-tame) e o direito (ainda tenho tal desejo). Mas eu também sempre desejei seguir a carreira militar, qual foi a solução? Pronto, entrei para o Exercito Português na especialidade Policia do Exercito, e percebi que posso continuar os meus estudos. Depois dos 3 meses de recruta, posso voltar a fazer o meu curso de direito, e a licenciatura ainda paga pelo governo. Também penso em entrar na Academia Militar ou na Escola de Sargento do Exercito. Nesse momento tenho algumas dúvidas sobre o meu futuro relativamente em qual curso tirar definitivamente, estou em dúvidas entre o DIREITO, ESCOLA DE SARGENTOS ou ACADEMIA MILITAR (escola de oficiais). Ou então faço o direito e entro na escola de Sargento do Exercito. Bem… vamos lá ver o que eu vou decidir até em Setembro. Ah, não esquecendo que eu tenho que trabalhar oito horas por dia, como policia do exercito.

Voltando ao assunto da recruta, antes de entrar no exército português, fui à inspecção, fiz provas psicológicas, psicotécnicas, psicomotores, e provas físicas. Provas muito difíceis a qual a maioria reprovou. Chaparam-me com o carimbo de "Apto", fiquei muito feliz.

Recebi uma carta para comparecer na Escola Pratica de Artilharia em Vendas Novas, onde actualmente é a minha casa durante a semana. Quando me apresentei no quartel pela primeira vez, não fazia a mínima ideia do que iria encontrar. Por isso, a minha ansiedade era enorme. Estávamos ali, com os sacos na mão, sem sabermos o que iria acontecer a seguir, olhando à volta como se estivéssemos noutro planeta. Víamos militares andarem de um lado para o outro, atarefados, para nos distribuírem o fardamento e indicarem qual o nosso alojamento, a nossa casa durante 3 meses de treino intenso.

A partir desse dia, a nossa rotina passou a ser feita com uma espingarda na mão e uma mochila às costas que pesava quase tanto como eu. Levantamo-nos às 6h00, tomámos o pequeno-almoço, e vamos muitas das vezes para o campo rastejar na lama, na água, nas pedras e em todos os pedaços de terreno mais duros que ali se encontramos. Temos instrução teórica sobre armamento, topografia, sinais de combate e muitas outras coisas que supostamente serão úteis no campo de batalha. Não paramos de dia e de noite. Como devem calcular, foi um choque tremendo para quem não fazia a mínima ideia do que era a vida militar. Mas mesmo nos momentos mais difíceis sempre pensei para comigo: "Sou voluntário, então vou até ao fim!". Ainda bem que sempre tive esta maneira de pensar, e ensino os camaradas a pensarem assim, quem criei fortes laços de amizade. Só com um grande espírito de entreajuda é que conseguimos superar todos os obstáculos que os nossos instrutores, "amavelmente", punham no nosso caminho.

A recruta é uma fase muito difícil, onde muitos dos meus camaradas estão desistindo. Mas na recruta é que aprendemos as coisas fundamentais que um militar deve saber. E o principal que aprendemos na recruta, é a honra militar. A honra militar é um meio e é um fim, atendendo uma ampla diversidade de motivos pessoais e sociais, a que toda a profissão militar está obrigada. O código de honra militar baseia-se em quatro componentes fundamentais:

- O cavalheirismo, não sendo admissível conduta injuriosa e infame num militar profissional; implica o tratamento correcto dos prisioneiros, a etiqueta social e a rejeição do lucro monetário como valor pessoal supremo.
- A fidelidade pessoal, assumindo a lealdade a uma posição formal de comando.
- A fraternidade, concretizada em intensa lealdade grupal.
- A busca da glória, prosseguindo realizações históricas, racionalizando sobre o interesse público.

Actualmente sou um Saldado Rec. Sendo oficialmente um militar. Espero que essa minha fase na recruta corra tudo muito bem.

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá!
E sua a vida religiosa que você pensava em levar. Como ficou?

Anónimo disse...

olá eu tb tenho 19 anos e tb me tinha candidatado como policia militar aos meus 18 anos mas reprovei no segundo dia tenho treinado bastante mas a vida turno se dificil e fui obrigado a procurar trabalho para poder ajudar a minha avo e poder ter algum para mim eu tenho me sentido cada vez mais desmoralizado eu fui criado dentro de um quartel militar 6 anos da minha vida e na altura n queria ter nada haver com aquela vida quando sai percebi que sentia a falta da quilo e que eu só entendia da quilo por isso aos 18 anos tentai passar nas provas chumbando no segundo dia das provas físicas como disse tenho treinado muito transpiro por todo o lado e sinto que nunca melhoro que nunca é o suficiente tive mais dois amigos que chumbaram cmg e agora passaram sinto me a ficar para tras sinto que n passo de um tagarelas com 19 anos que nunca vou conseguir entrar por ser demasiado fraco e por me armar em forte estarei errado ?

Enviar um comentário